Texto de Diana L. Paxson. Originalmente publicado em IDUNNA 20, 1993. Traduzido a partir do site do Hrafnar por Sonne Heljarskinn com auxílio de Raendel.
Veiztu hvé rista skal, veiztu hvé ráða skal?
veiztu hvé fá skal, veiztu hvé freista skal?
veiztu hvé biðja skal, veiztu hvé blóta skal?
veiztu hvé senda skal, veiztu hvé sóa skal?
(“Havamál”: 144)
Entre as estrofes mais conhecidas do Hávamál está aquela citada acima, que resume as competências necessárias para runas e religião. Os dois primeiros versos, em que o Altíssimo se refere à inscrição, leitura, coloração, e interpretação das runas, são frequentemente citados. O segundo par de linhas é menos familiar, mas os verbos utilizados contêm a essência da prática religiosa germânica. O primeiro, bithja, tem uma relação próxima com o inglês “bid” e é geralmente traduzido como “pedir” (ask). De acordo com Grimm, o termo tem a implicação de súplica. A segunda, blóta, refere-se ao sacrifício em que o sangue foi usado para abençoar as pessoas e a carne comida depois de ter sido dedicada aos deuses. O terceiro verbo, senda, pode ser traduzido como “enviar”, com a implicação de que se trata de passar a mensagem aos deuses, enquanto o quarto, sóa, significa fazer uma oferta que é, em certo sentido “dilapidada”, talvez algo que é destruído ou deixado aos elementos ao invés de ser compartilhado. Juntos, eles resumem as principais maneiras em que as pessoas do Norte cultuavam seus deuses. Continue a ler “Cultuando os deuses”